Tuesday, January 02, 2007

Vagabundo dos ermos


A vida se esvai
Tempo feito água corrente
Cidadão de lugar nenhum
Nada nesta vida lhe atrai

A preguiça é mãe da criatividade
O tempo está a seu lado
Que o mundo se acabe diante de sorrisos
Um despojo a toda praticidade

Inunda-se o ser de loucura
Escureça-se a mente em torpor
Uma vida projetada a frente
Enrijece a miserável fruta

Vítima de despeito
Ícone da repugnância
Vivente dum mundo paralelo
O bêbado e invisível sujeito